PREMIO JOVEN CIENTISTA BRASIL

O Globo Universidade, deste sábado, 2 de abril, comemora três anos no ar com uma reportagem especial sobre o 24º Prêmio Jovem Cientista, resultado de uma parceria entre o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Fundação Roberto Marinho (FRM). O repórter Paulo Mário Martins visita vários estados para entrevistar estudantes premiados e mostra como o incentivo à pesquisa traz benefícios para o dia a dia da sociedade brasileira.

Em 2010, o Prêmio Jovem Cientista teve como tema Energia e Meio Ambiente: Soluções para o Futuro. A cerimônia de premiação aconteceu em novembro no Palácio do Planalto. A equipe de reportagem do Globo Universidade acompanhou o trabalho de um dos vencedores: o estudante de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Ceará (UFC) Eduardo Façanha.

Inscrito como bolsista de Iniciação Científica, ele desenvolveu uma nova tecnologia capaz de converter energia eólica em elétrica. Para isso, contou com a orientação dos professores do Laboratório do Grupo de Processamento de Energia e Controle da UFC. "Devido às condições geográficas", explicou, "o Nordeste é a região do Brasil com maior potencial eólico". Façanha afirmou que escolheu este tema por carecer de tecnologia nacional, apesar de ser "limpa, sustentável e de fácil utilização".

As vantagens do aparelho criado pelo estudante estão no uso, durabilidade e também por não depender de uma rede elétrica convencional. "Pode ser usado para abastecer comércios e residências em locais onde ainda não há eletricidade", informou. Além disso, funciona como um complemento às chuvas. "É durante os momentos de estiagem, quando os reservatórios do Rio São Francisco estão baixos, que nós temos os maiores índices de velocidade dos ventos na região", avaliou. Para completar seu ciclo de aprendizagem, Façanha apresentou a mesma pesquisa como Trabalho de Conclusão de Curso.

No quadro Fora de Série, o programa entrevista a doutoranda em Engenharia de Minas, Metalurgia e Materiais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Eunice Maria Vigânico. Ela pesquisa uma nova tecnologia para a produção de sulfato ferroso a partir de resíduos da mineração do carvão. No Mérito Acadêmico, Leandro Alves de Souza, aluno de Engenharia Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), descreve seus estudos sobre um catalisador que transforma óleo de cozinha em biocombustível. No Eu amo meu trabalho, a bióloga Joana Fidelis da Paixão conta como o Prêmio Jovem Cientista impulsionou sua carreira acadêmica.